Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente vivemos 80 a 90% do nosso tempo em ambientes fechados, respirando em torno de 10 mil litros de ar por dia, ou seja, a qualidade do ar ambiente dos espaços fechados é um tema de elevada importância que devemos considerar, para assim preservamos um ambiente saudável.

Uma noite de repouso com a janela fechada pode significar um aumento de quase o triplo do valor de CO2, este aumento varia conforme o ano de construção da sua casa, o pé direito e o isolamento. O mesmo acontece em escritórios, salas de aulas, consultórios, etc. Numa sala com várias pessoas juntas constantemente a respirar o ar que acabou de sair dos pulmões das outras pessoas na mesma sala, dependendo da taxa de ventilação, o ar respirado pode representar até 3 ou 4% do ar vindo dos pulmões de outras pessoas.

São muitos os fatores que determinam a qualidade do ar, nomeadamente as diferentes dimensões das partículas em suspensão, mas o componente que é mais nocivo à nossa saúde é o CO2, ou seja, o dióxido de carbono. O dióxido de carbono é um gás que integra a composição do ar, que num ambiente saudável o valor varia entre 400 a 450 ppm (partes por milhão). Estudos recentes dizem-nos que valores acima de 1.000 ppm podem ser nocivos ao nosso bem-estar. Se os valores se aproximarem das 2.000 ppm prejudicará o conforto e o bem-estar, e é possível começar a sentir sonolência. Acima de 2.000 ppm, podem surgir dores de cabeça. Acima de 5.000 ppm, o CO2 pode mesmo ser fatal em caso de exposição prolongada.

A má qualidade do ar pode ser atribuída a vários problemas que surgem no escritório ou em casa. Acredita-se que contribui para uma perda de produtividade significativa, baixa moral e um elevado número de doenças. Uma boa ventilação aliada ao ar condicionado nos edifícios comerciais e residenciais proporciona as condições necessárias para que as pessoas possam viver e trabalhar com conforto e segurança.

Ventilação Mecânica Controlada (VMC)

Para assegurar a manutenção da qualidade de ar, pode optar por ventilação natural (janelas, portas, chaminés...), ou então por VMC (Ventilação Mecânica Controlada), que consiste num sistema de renovação de ar, que assegura a manutenção da qualidade de ar no interior das nossas casas, para preservamos a saúde de quem a habita, bem como garantir a ausência de humidade provocada pelas condensações.

Um sistema VMC de fluxo duplo é mais eficiente e, para além da renovação de ar, recupera também a energia térmica do ar extraído.

As VMC de fluxo duplo filtram, insuflam, fazem permutação térmica e extraem o ar viciado do edifício. São equipadas com um permutador que recupera a energia térmica do ar extraído e aquece o ar que é insuflado pela VMC através de permutação térmica sem recorrer a fontes de energia externas.

Um exemplo de VMC de fluxo duplo é a Lossnay VL, da Mitsubishi Electric, com controlo variável do caudal de ar e controlo por WiFi através do MELCloud.

Um sistema de fluxo simples é mais básico, logo, mais económico. O Kerios é um exemplo autorregulável com caudal de ar até 225 m³/h e higróstato incluído.